segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Animais com fraturas expostas são filmados e fotografados por ativistas durante Vaquejada de Xerém (RJ)



Ativistas da Frente Abolicionista de Rodeios do estado do Rio (FARO-RJ) presenciaram o sofrimento de dois bois que tiveram suas patas fraturadas durante a Vaquejada de Xerém, na manhã do último domingo, 16 de agosto. Eles estavam em um caminhão que os levaria agonizantes do distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, até Juiz de Fora (MG), em uma viagem de cerca de 170 quilômetros, onde seriam sacrificados em um abatedouro


A ausência da veterinária responsável pela Vaquejada atestou a desorganização e o descaso em relação aos animais utilizados no evento. Com a chegada da veterinária, um dos animais, já no curral, recebeu a eutanásia, procedimento que, segundo as próprias autoridades da defesa sanitária presentes no local, não poderia ser realizado naquelas condições de assepsia. O outro animal misteriosamente sumiu, não tendo mais sido visto pelos ativistas no momento da eutanásia do primeiro.


Os ativistas foram expulsos da área dos currais no momento da morte do animal, sendo proibidos de conferir se o procedimento havia sido realizado corretamente. Alguns ainda tentaram filmar o que ocorria de longe, mas logo um caminhão foi estacionado na frente dos currais, impossibilitando o registro pelas câmeras. O animal foi içado por uma retro-escavadeira, já morto, e removido do local.




Mais cenas de abuso e violência durante o transporte dos animais foram presenciadas. Tendo que atravessar um rio para chegar ao curral, alguns bois caíam na água e eram pisoteados pelo restante do rebanho. Nos currais eram armazenados sem nem mesmo espaço para se moverem.


Cerca de quatro ativistas, a veterinária do evento e um agente da fiscalização sanitária, foram encaminhados à 61ª Delegacia de Polícia, em Xerém, onde foi feito o registro de ocorrência alegando maus-tratos e os depoimentos, após cerca de 5 horas de espera, foram colhidos. A vaquejada, cujo início ocorreria às 11h da manhã, começou com 6 horas de atraso e sem a presença da veterinária responsável, contrariando o previsto por lei.


Outras imagens de maus-tratos típicas das Vaquejadas foram captadas na arena. A regra do “jogo” estipula que, em uma arena de cerca de 150 metros, o boi seja solto, tendo o vaqueiro que derrubá-lo em uma área estipulada e marcada por duas linhas. Derrubado, quando ainda correndo em velocidade, por um puxão de rabo, o animal cai bruscamente rolando no chão, podendo acarretar fraturas nas patas e no pescoço que custarão a sua vida. O site Vaquejadas.com, ao explicar como ocorrem esses “espetáculos”, deixa clara a natureza brutal dessa prática que exige ser chamada de esporte: “O boi será julgado de pé. Deitado, somente caso não tenha condições de levantar-se”.



Clique aqui e assista a brutalidade com que foi tratado um dos bois com a pata fraturada



Em breve mais fotos e vídeos.


10 comentários:

abcdefg disse...

O vídeo foi removido. Vocês vão postar de novo?

Vitor Adrien disse...

Esperemos que esses animais não tenham sido torturados em vão e que o material adquirido pelos ativistas sirva para acabar com esse "espetáculo" de horror.

Anônimo disse...

Que lixo... até qdo os animais vão ser tratados como entretenimento, os animais não são palhaços!
É bom ter a maior quantidade possível de material pra provar os maus-tratos, veio em boa hora!

Frente Abolicionista de Rodeios do Estado do Rio disse...

O vídeo foi removido, mas em breve será novamente disponibilizado.

christian disse...

Cadê o vídeo?

Unknown disse...

vcs são completamentes ignorantes, um bando de come terra nao fazem nem ideia de onde vem a vaquejada.... antes de criticarem o esporte sabiam q ele faz parte da cultura brasileira. mesmo vcs tentando graças ao trabalho de alguns homens no brasil ele vem crescendo cada vez mais...
Por favor procurem saber mais antes de falar merda

d disse...

João Pedro, sou um dos ativistas que foi à vaquejada de Xerém colher esse material do post. Nós presenciamos a brutalidade. Bois sendo derrubados. Dois bois mortos na caçamba de um caminhão, sem explicação. Um boi com uma fratura exposta, levando choques e tendo o rabo puxado pra que levantasse. Posteriormenente foi assassinado.
Quem tem que saber mais antes de falar é você. Pouco me importa que faça parte da cultura brasileira. Ser cultura não torna a prática menos violenta e nojenta.

christian disse...

cade o video galera?

Juliana disse...

tô seguindo vcs agora. nem sabia que tinha blog o.O bjs, Ju Frances

p disse...

é mesmo João Pedro, ignorante é vc que não tem noção do sofrimento deste animais. vc gostaria de passar pelo o que eles passam? então fica quieto, que sua opinião aqui só enoja mais ainda os ativistas, únicos protetores que este animais podem ter! cultura é uma coisa totalmente rica que devemos nos orgulhar; tortura não faz parte de cultura, foi inventado por um bando de merdas!!! apoio os ativistas.